H?? imensas coisas das quais tenho saudades.
?? imposs??vel passar ao lado desses olhos cor de safira, demasiado claros para serem turquesa, demasiado carregados para serem azul-beb??. Sempre atentos, sempre curiosos e sempre am??veis. N??o me posso esquecer tamb??m que quando sorrias um dos teus olhos ficava mais pequenino como se estivesse a dar lugar ?? tua felicidade.
E esse sorriso? A maneira como os cantos da tua boca se arrepiavam e davam acesso a uma faceta de ti mais recatada. Se viesse junto com uma gargalhada podes ter a certeza que me arrepiavas os ossos e me fazias genuinamente feliz.
Havia ainda o remoinho de cabelo que detestavas e lutavas todas as manh??s com o pente enquanto insistias que ias rapar o cabelo de vez ??? outra vez ??? mas eu sempre te consegui persuadir. Hoje ainda lutas com o remoinho e que continuas a usar o risco ao lado.
Era bonito ver o sol bater-te no cabelo e notar que ele estava a ficar progressivamente mais loiro.
Era bonito ver o sol bater-te no cabelo e notar que ele estava a ficar progressivamente mais loiro.
Posso tamb??m referir a maneira que falavas com paix??o das coisas e fazias e gostavas e da maneira que punhas toda a gente ?? tua volta a beber as tuas palavras, a ficarem agarradas ao que dizias. Acho que tu nunca te apercebeste que tinhas esse efeito. A culpa n??o era s?? tua e do teu entusiasmo. A voz que soava ajudava, completamente envolvente.
Acho que nunca cheguei a te pedir que lesses para mim, mas acho que teria gostado. Podia ouvir-te durante horas.
Acho que nunca cheguei a te pedir que lesses para mim, mas acho que teria gostado. Podia ouvir-te durante horas.
Existem os dedos inquietos que marcavam notas quando as tuas m??os n??o est??o coladas a um saxofone. Existe o roer de unhas compulsivo. Existem todos os teus sinais que eu conhe??o t??o bem que funcionavam como mapa.
Existiam os beijos que me davas de surpresa quando me apanhavas na cozinha com m??sica nos ouvidos. Existiam aqueles olhares que troc??vamos quando est??vamos em partes opostas da sala quando tu tinhas de te ausentar para conversares com colegas do trabalho. Existiam os sorrisos inquietos e inevit??veis sempre que p??nhamos a vista em cima um do outro e os t??midos que troc??vamos em frente de toda a gente mas que s?? n??s compreend??amos. Os abra??os. Os toques. Os dedos entrela??ados.
Existia o maldito despertador que soava todas as manh??s ?? mesma hora primeiro com a m??sica do Inspector Gadget. Existia eu meter-te as minhas m??os frias nas costas para acordares e o desligares. N??o dava muito resultado porque meia hora depois voltava a tocar ??? com uma m??sica diferente ??? e eu voltava a te abanar at?? que te resignavas e acordavas.
Existia o fumo familiar do primeiro cigarro da manh??, que invadia o quarto e se entranhava no meu cabelo e nas minhas roupas. Fumavas dois antes de te levantares finalmente dando espa??o para que eu ocupasse a cama toda.
Sempre fui chata com o facto de fumares. Essa seria a ??nica coisa que mudaria em ti.
Sempre fui chata com o facto de fumares. Essa seria a ??nica coisa que mudaria em ti.
Por estranho que pare??a essa ?? uma das coisas que mais sinto falta. A familiaridade do teu fumo de cigarro e do facto de tu nunca cheirares a tabaco.
Cheiravas a mar, a fresco e a sol.
Nunca soube como conseguias fazer isso, mas sempre foi o aroma que me fazia sentir em casa.
De tudo o que tu ??s h?? tanto para sentir falta.
E desse tanto tenho saudades.
?????????
Podem encontrar-me tamb??m aqui:
Carolina. diz
Tu ??s forte e n??o precisas disso. ?? uma parte enorme de ti e tu sabes que eu entendo mas j?? eras a Ana incr??vel antes dele e vais continuar a s??-lo depois dele, garanto-te 🙂
An??nimo diz
Eu sei o que ?? isso, estou a passar por algo semelhante e ainda agora fez 24h que o meu cora????o ficou partido. (Ironicamente faz??amos um ano j?? este domingo.)
J?? come??o a perceber que as coisas n??o ser??o as mesmas. Mas tenho de ser forte. Muito forte at??.
Vou notar (e j?? noto) a diferen??a na rotina, e a solid??o, porque aquela pessoa estava comigo todos os dias.
Mas temos de ser fortes. 😉
E vamos ser! Precisamos de coragem, ela est?? escondida dentro de n??s, ?? preciso apenas cham??-la.
Coragem! 😀
Ju. diz
Que texto lindo, Ana! Dos melhores que j?? li por aqui, a s??rio!
Muita for??a!
Beijinho*
??ngela diz
o que se passou querida?
For??a!
beijinho <3
Ana Mafalda Os??rio diz
Op??, que texto liiindo! (':
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Daniee diz
texto bonito, <3
Rita M diz
Que texto lindo <3
In??s Silva diz
N??o estava a contar/precisar disto a esta hora, damn ._.
Ana Couceiro diz
E s?? tu saber??s o que essa saudade d??i. Um beijinho *
Carolina Helena diz
T??o bem escrito 🙂
http://coucoucaroline.blogspot.pt/
Sofia diz
J?? te disse o que este texto provocou em mim mas o melhor que tenho a dizer-te ?? que eu sei que essa saudade d??i mas tenho sempre esperan??a de que um dia deixe de doer e contigo vai deixar…
Stay strong *
Ju Figueiredo Silva diz
Um texto muito bonito e tocante. Apesar da dor, pensa que esses momentos existiram e isso j?? ningu??m te tira. Agora ?? for??a e seguir em frente **