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lifestyle · 04/06/2020

Estou a aprender a tocar ukulele

Durante esta quarentena e este estado de emergência, as pessoas fizeram de tudo para se ocupar. Umas dedicaram-se à padaria, outras à doçaria, crochet, exercício físico, o que fosse. Já eu decidi que era uma boa ideia aprender a tocar ukulele.

Vou-vos dar um contexto: não sei tocar nenhum tipo de instrumento. Tive aulas de música na escola onde aprendi a tocar flauta de bisel, ainda tive aulas de teoria musical na sociedade filarmónica da minha terra para aprender a ler pautas e evoluir para um instrumento (que nunca se veio a verificar) e, basicamente, é isto.

Tanto que quando comecei a ver cada vez mais pessoas a tocar ukulele comecei a ficar intrigada e com essa vontade na cabeça. Nunca fiz nada para aprender… até agora. Podia culpar o estágio, o trabalho e mais mil e uma situações (que são válidas) mas, a verdade, é que não me sentia capaz de aprender a tocar fosse o que fosse. Nunca fui muito coordenada de mãos.

Até que vi aquele fatídico episódio de How I Met Your Mother, em que vemos a mãe, a tocar no ukulele uma das versões mais bonitas que ouvi de La Vie En Rose. Pouco tempo depois, os Twenty-One Pilots fizeram a mesma brincadeira mas com uma das minhas músicas favoritas do Elvis: Can’t Help Falling In Love. E, a partir dai, comecei a ver a possibilidade de fazer isso acontecer. Passaram três anos.

O NATAL QUE MUDOU TUDO

O ano passado meti na cabeça que, agora que tinha tempo porque já não estava na faculdade – AHAHAHA –, devia aproveitar para me dedicar a outro hobby. Qual? Aprender a tocar um instrumento. O ukulele pareceu-me o mais lógico apesar de sempre ter querido aprender a tocar violino.

Claro que não comprei nenhum ukulele. Porque eu gosto de marinar as ideias durante algum tempo só para garantir que não estou a ser parva. E marinou. E continuou a apurar o sabor até que declarei, na minha wishlist anual de Natal que sim, senhora, queria um ukulele. E ele veio mesmo parar cá a casa, patrocinado pela pessoa que já sabem.

E achei-o muito giro, mas deixei-o a um canto por uns tempos porque, afinal, não tinha assim tanto tempo livre como pensava apesar de já não estar na faculdade.

 

ABORRECIMENTO NUMA QUARENTENA

Quando o País e o Mundo pararam devido à pandemia muita gente se viu com muito tempo entre mãos. Até eu, que mesmo a trabalhar com um bocadinho mais de intensidade e frequência, dei por mim a ter tempo para matar. Li muito. Pus basicamente todas as séries em dia e, no dia em que já não tinha mais para ver e que a biblioteca do Netflix me parecia aborrecida, olhei para o canto do meu quarto, onde estava o ukulele (até agora intocado) e decidi que era a altura ideal.

O mais próximo que tive de saber tocar guitarra (ou qualquer tipo de instrumento de cordas) foi quando um colega meu do ensino básico me ensinou a introdução do Nothing Else Matters dos Metallica na guitarra. Foi o meu orgulho (e o meu truque de festas) durante anos. Não percebia nada sobre acordes, sobre progressões, sobre tocar uma música do início ao fim. Nada de nada. E foi custoso.

O meu cérebro é uma mistura entre exactas e humanas. O meu lado criativo, até à altura, era escoado através da fotografia e deste blog. Mas se sobrestimei a dificuldade que ia sentir a aprender a tocar isto? Claro que sim. Se adorei? Não. Mas tornou tudo muito mais emocionante.

QUE MATERIAIS USEI PARA COMEÇAR A APRENDER?

Nabiça neste assunto como sou, fiz como qualquer millenial que se preze… e fui ao YouTube.

Sabiam que existem imensos professores de ukulele pela plataforma? Eu também não sabia e fiquei ligeiramente espantada (apesar de não ter de ficar). No entanto existiram três que se destacaram e que me ajudaram nesta demanda digna de Excalibur.

1. BERNADETTE TEACHES MUSIC

Foi com a Bernardette que aprendi os básicos mais básicos de todos: os quatro principais acordes, o strumming, como ler pautas, como ler as notas. Foi com ela também que aprendi o posicionamento de mãos mais correcto e como passar de um acorde para outro sem me engasgar ou atrapalhar pelo meio.

2. ELISE ECKLUND

Quando me senti minimamente capaz de fazer os básicos no ukulele, foi para a Elise que fui a seguir porque ela tem toda uma série em que ensina versões fáceis de canções conhecidas no ukulele e também tem uma playlist (gigante) de dicas. que eu fiquei fã. Todos os grandes êxitos que sei tocar, é graças aos tutoriais da Elise, das suas dicas e da paciência que ela tem de explicar as mesmas coisas trinta vezes ao longo do vídeo.

3. THE UKULELE TEACHER

Este canal também nos ensina imensas canções. Ao contrário da Elise, o The Ukulele Teacher tem playlists de canções com várias dificuldades, vários artistas como Ed Sheeran, Taylor Swift e The Beatles e muito mais. É explorarem, que encontram qualquer coisa para vocês, de certeza. Ele não canta bem. De todo. Mas é um bom professor!

FENDER PLAY

Ainda durante a quarentena, a Fender, que ainda o ano passado criou uma plataforma online para ensinar a tocar guitarra, baixo e ukulele, decidiu oferecer três meses grátis do serviço. Eu, que adoro uma boa promoção como qualquer pessoa, aproveitei, pois claro.

A parte porreira do Fender Play é que podemos ir evoluindo ao longo das lições. Existem cinco níveis, bem explicados com professores competentes e material de apoio. Podem sempre repetir as aulas quantas vezes quiserem, se não perceberem alguma coisa há um fórum para tirar dúvidas. Também aprendem a tocar músicas, das mais clássicas às mais contemporâneas. Há mesmo de tudo, para todos, e eu, apesar de só ter descoberto esta pérola depois das minhas aulas no YouTube, fiquei grata… porque ainda aprendi imenso.

FENDER TUNE

E porque eu não podia ter um ukulele normal – sou eu –, veio-me parar às mãos um da Fender. Que não tem a cabeça clássica igual aos outros todos. Quando descobri que a marca tinha uma aplicação para o iPhone que era um afinador específico para coisas deles… instalei e caramba, finalmente! Era uma luta utilizar afinadores diferentes. Este é simples, eficaz e faz bem o trabalho.

EM RESUMO…

Já não sou um cepo a tocar. Se fosse responsável para tocar alguma coisa num acampamento em frente à fogueira, eu já podia ser essa pessoa apesar de ainda ter um repertório muito limitado 😂

Tanto que já fiz um mini-concerto nos meus stories e até acho que correu bem. Os próximos passos são melhorar a técnica, aprender mais acordes e elevar a dificuldade das músicas que aprendo. Seguimos firmes 🤟🏻


Alguém ai desse lado que toque ukulele ou qualquer outro instrumento? Têm dicas?

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Publicado em: lifestyle

Comentários

  1. ineslr diz

    04/06/2020 em 21:01

    “O meu cérebro é uma mistura entre exactas e humanas.” Identifico-me tanto com isto, aliás todos os meus testes psicotécnicos deram isto.
    Acho muito giro tocar ukelele 🙂

    Responder
  2. Os devaneios da Tim diz

    06/06/2020 em 19:22

    La vie en Rose em Ukelele é qualquer coisa de outro mundo, espero que toques um dia para os teus filhos 😉

    Responder

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12 DE MAIO E O DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO Pa 12 DE MAIO E O DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO

Parece um bocadinho ridículo, mas se me perguntarem o que me via a fazer na vida sem ser enfermeira, a minha resposta provavelmente seria “nada”. É estranho porque tenho inúmeros interesses mas sempre que penso em estudar outra coisa que não isto, não consigo ver-me nesse papel. No de enfermeira sempre me vi.

Tenho uma série de defeitos, no entanto os que não me faltam são a boa disposição, o saber que dou o que tenho e não tenho para prestar os melhores cuidados possíveis e o saber que, no fim do dia, fiquei satisfeita com o que fiz.

Gostava de não trabalhar tanto. Que me respeitassem mais. Que me remunerassem melhor tendo em conta a responsabilidade que tenho em mãos. Gostava também de reclamar menos, mas vou continuar a reclamar sempre que encontrar alguma coisa com que não concordo. Porque acredito que esta enfermagem de nova geração vai trazer uma mudança bem precisa ao panorama. 

Vou aprendendo a ser um bocadinho melhor enfermeira todos os dias graças à equipa que tenho comigo, aos que já se foram do meu serviço, aos neonatologistas e também às obstetras. Estes dois últimos a prova que confiam nas nossas tomadas de decisão em equipa multidisciplinar para atingirmos os melhores resultados para aquela mãe e bebé. Tenho sorte, muita!

Não sei se vou ser enfermeira para o resto da vida, mas enquanto os pontos positivos ganharem sobre os pontos negativos vou continuar a batalhar por isto, porque acho que vale a pena. Tão certo como continuar a usar meias com padrão (e criar todo um movimento) e ter as canetas mais pirosas do meu serviço ao ponto de toda a gente saber que são minhas. 

Só precisamos que nos oiçam, que não queremos prejudicar ninguém — antes pelo contrário.

Aos colegas, aos aspirantes e aos simpatizantes — obrigada por tudo! Obrigada pelos ensinamentos que transmitimos uns aos outros. Peço desculpa pelas faltas nos eventos importantes, por passar mais tempo a dormir que acordada, por ter rotinas estranhas e comer a horas impróprias. Mas não me vejo mesmo a fazer outra coisa ❤️
Gosto de andar de comboio e sair no Estoril. Mais Gosto de andar de comboio e sair no Estoril. Mais não seja para ver isto muitas vezes 😌
Que nunca nos falte Abril 🌹 Que nunca nos falte Abril 🌹
Uma coisa que gostei de fazer com o @mario_monginh Uma coisa que gostei de fazer com o @mario_monginho quando fomos a Berlim foi desafiá-lo a andar com uma máquina fotográfica analógica e registar as coisas através dos olhos dele — da mesma forma que eu fiz com a minha. Comprámos um par de máquinas numa loja chamada DB e que custaram €5,99 cada uma e… não só adorei as cores como os resultados.
Este foi um dos registos que o Mário fez, à saída da casa do @iuriportalegre e da @_melinxiaoxue_ no último dia lá e que mais gostei. Não sei porquê mas há qualquer coisa nesta fotografia! E uma das coisas que gosto da fotografia analógica é não só os momentos cândidos que apanha, como também a nossa vontade de os registar de forma orgânica!

Em breve conto-vos mais sobre isto!

📷: @mario_monginho
Sinto que todas as ruas são saudade porque por on Sinto que todas as ruas são saudade porque por onde quer que passemos deixámos sempre um pouco de nós. Mas há sempre ruas mais saudosas que outras — sobretudo para quem, como eu, não acredita na velha máxima de “não regressar onde já se foi feliz”. Regresso. E regresso muito. Nem que seja para dar o nome de Saudade a todas as ruas.
Por esta altura, em 2020, estava por Amsterdão co Por esta altura, em 2020, estava por Amsterdão com duas grandes amigas. Ainda quase ninguém falava de COVID: era uma coisa muito hipotética, uma probabilidade e não uma certeza. Mal sabíamos nós a volta que o Mundo ia dar.

Por esta altura, em 2021, estava de baixa a tentar descobrir uma situação cardíaca que me aconteceu de repente. Nunca falei muito sobre isso porque nunca se soube a origem nem o que é. Doze meses depois ainda continuo à procura de resposta, mas está bem mais calmo do que estava há 365 dias. Só se falava em COVID: não podiam haver outras doenças, os recursos humanos foram esticados até à última e todos os dias era uma incógnita.

Hoje, em 2022, estou num período de três folgas seguidas que foram usadas para recuperar de uma doença qualquer que me apanhou e deixou de cama estes dias todos (e que não foi COVID). O Mundo está em guerra, a incerteza está cada vez pior, os combustíveis estão a bater recordes e eu só queria sentir paz. Não sinto paz há muito tempo.

Sei que estou a falar de uma situação de privilégio, tenho a plena noção disso. Que aquilo que me separa neste momento dos refugiados foi o País onde eu nasci. É muito difícil desligar das notícias, e ando a entrar num loop de ansiedade que só senti quando começou o COVID.
É muito difícil publicar por aqui quando tudo o resto está a arder, mas estou a tentar salvaguarda aquilo que resta da minha sanidade mental com um resquício de normalidade. Nem que seja um a ver quadros num museu holandês.
Sábado com S de “só queria uma folga para ir c Sábado com S de “só queria uma folga para ir comer croissants para a praia com as minhas amigas”. Sobretudo quando esta fotografia daqui a nada tem um ano 😬

 

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