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livros · 21/02/2020

Verity, Colleen Hoover

ISBN: 9789896687403
TÍTULO: Verity
AUTOR: Colleen Hoover
EDITORA: Topseller
EDIÇÃO/REIMPRESSÃO: 2019
PÁGINAS: 320
LIVRO ÚNICO OU SÉRIE/TRILOGIA: Standalone
FORMATO DO LIVRO: Kindle
 
“The good thing about sins is they don’t have to be atoned for immediately” 
― Colleen Hoover, Verity
 

Pronto, eu sei. Parece que só sei fazer reviews de livros da Colleen Hoover mas não consigo evitar, é mais forte que eu. Esta mulher tem a capacidade de me fazer ler os livros dela sem questionar, de gostar deles e de querer falar sobre eles.

Desta vez decidi dar mais algum tempo entre o fim da leitura deste livro e a escrita desta review para as minhas ideias marinarem. Para conseguir compreender bem aquilo que li, juntar teorias com mais pessoas e… tentar não fritar a pipoca. Porque caramba, Colleen, conseguiste. De novo. Deve ser chato seres tu.

BOOK OVERVIEW

Personagens principais
Não propriamente boas pessoas a 100% mas é isso que as faz reais 80%
Personagens secundárias
Servem para avançar com a história 50%
Enredo
Vai-vos fazer questionar até à última página, literalmente 95%
Ritmo
Impossível de pousar o livro 80%
Capa
A capa portuguesa faz mais sentido do que a inglesa 60%

O trabalho da Colleen Hoover não é novo para mim, já li praticamente todos os livros que ela lançou e não existe um que não me faça sentir todas as emoções que ela quer. Ela é uma mestre no que toca a brincar com os fios que puxam o nosso coração e com as sinapses do nosso cérebro. Seria de esperar que tantos livros dela depois já estaria aborrecida da fórmula (em modo José Rodrigues dos Santos e Dan Brown que, para mim, melhoraram imenso nos últimos livros que ambos lançaram), mas não. Porque a fórmula dela NUNCA é igual. Quando pensamos que sabemos o que vai acontecer e onde a história vai parar… bam! É completamente o oposto. E faz todo o sentido para a narrativa.

Agora imaginem a seguinte cena a desenrolar na vossa cabeça: a Ana (eu, já agora), a ir de patins para um consultório de psicoterapia, com óculos de sol, uma piña colada na mão e chegar lá e pousar o livro em cima da secretária da médica e dizer que temos muito para falar. Imaginaram? Ora então sentem-se.

Se estiverem indecisos entre ler este livro e brincar com um daqueles tabuleiros de Ouija para conjugarem um demónio… é igual. O sentimento vai ser o mesmo. Acabei este livro completamente drenada – de vida e de energia – e tenho estado a tentar, desde então, esquecer aquele final, parti-lo para fazer mais sentido. Mas a minha cabeça tem andado um turbilhão porque apesar de me ter preparado antes de começar a ler, aquilo que li estava bem longe daquilo que imaginei.

Este livro conta a história de Lowen Ashleigh que é contratada por Jeremy Crawford para ser a ghostwhiter de uma série de livros bastante populares escrito pela sua mulher, Verity, que não tem como os terminar porque sofreu um acidente. A nossa heroína acha que isto é uma oportunidade fantástica e que ajudaria a dar um empurrão na sua carreira. Até que ela descobre, no escritório de Verity, a sua autobiografia. Estes são os três personagens principais e a narrativa gira muito à volta deles. Temos algumas personagens principais, mas nenhuma com relevo suficiente. Não acrescentam muito à narrativa, mas servem o seu propósito de ajudar a guiar a história.

Eu gosto de livros que metem em causa as minhas preferências literárias, que me apanham desprevenida e que me mantêm alerta. O Verity não era NADA do que estava à espera, e adorei-o por isso. Não li nada sobre ele antes de o começar mas, tolamente, pensei que fosse mais um livro típico da CoHo. Nunca fiquei tão feliz na vida por estar redondamente enganada relativamente a algo como estive relativamente a este livro.

O Verity, no início, devia vir com um aviso: não ler de noite se estiveres a tentar dormir.

 

STORY OVERVIEW

originalidade da história
Não é um conceito original, mas a maneira como a CoHo fez... damn 85%
FACTOR PLOT TWIST
Quando pensam que já aconteceu tudo... bum! 95%
Energia do livro
Sabem aquela energia nervosa que vos faz querer continuar a ler mas é mau para a vossa sanidade? 91%
Ritmo da história
Passa-se num período de tempo realista, sem momentos aborrecidos 100%

Este livro é diabolicamente inteligente e um turbilhão de emoções: vão sentir medo, vão sentir nojo, vão sentir amor, revolta. Pensem numa emoção que é 100% que a vão sentir. Os personagens parecem que estão numa casa de espelhos em que está tudo estranhamente vazio enquanto a Colleen nos atrai para a história, faz os seus truques e nos atira para obstáculos que sabemos que não queremos ter, mas temos de bom agrado.

Ela maneja os seus personagens instáveis de forma a os considerarmos amigos, de forma a nos atrair para um Mundo onde a ilusão é rainha e o tempo desenvolve-se de forma assombrosa. Nem uma coisa é o que parece, mesmo depois de ter sido revelada. E isto estava escrito na história muito antes de nos apercebermos e, quando o fazemos, é como um carro sem travões: não conseguimos parar as perguntas que nascem disto.

Adorei a energia deste livro: quase incontrolável mas perfeitamente controlada. A CoHo escreve o desconforto e confusão da Lowe com uma mestria incrível que nos faz ter as mesmas sensações e os mesmos receios que ela ao manter-nos “no escuro” como à personagem. Há perigo em todas as páginas. O stress é palpável. Todas as frases que lemos são como uma camada fina de gelo num lago prestes a partir enquanto estamos lá em cima.

E o fim. O caraças daquele fim. Foi como uma chapada com as costas da mão. O Verity não nos oferece solidariedade nenhuma relativamente à verdade a que temos acesso. Mesmo quando estava a ler o último capítulo, depois de ter feito n teorias e plot twists na minha cabeça (e apesar de ter acertado num logo no início do livro porque é difícil enganar uma enfermeira nestas coisas) não estava à espera deste fim. Estava a tentar arranjar sentido numa coisa sem sentido. Tudo o que tinha lido àquele momento soube-me a uma memória falsa. Foi um fim muito agridoce, mas que rendeu muitas discussões sobre este livro no Instagram.

Em conclusão, são por histórias como esta que eu vou ter crises existenciais aos quarenta anos.

CLASSIFICAÇÃO INFINITO MAIS UM

⭐⭐⭐⭐⭐

DISCUSSÃO PARA QUEM JÁ LEU:
O QUE ACHAM QUE É REALIDADE? ACREDITAM NA VERITY DO MANUSCRITO OU NA VERITY DA CARTA?
Respondam-me nos comentários e vamos tentar ter uma discussão (e tentar que seja sem spoilers) 😬👇🏻

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Publicado em: livros

Comentários

  1. Inês Martins diz

    21/02/2020 em 12:45

    Não conheço o livro e ainda só li um da Colleen, mas depois desta review e de outras de livros dela, tenho a certeza que vou devorar todos os outros da autora! E acho que este é já o próximo! Obrigada por aguçares a minha curiosidade desta maneira!

    Beijinhos,
    https://inescm2.blogspot.com/

    Responder
    • Ana Garcês diz

      29/02/2020 em 22:07

      Eu sou super fã da Colleen! De todos os que li dela só houve um que não gostei muito, mas, de resto, todos impecáveis. Ela é aquela autora que eu sei que posso escolher um livro qualquer e há 95% de hipótese de gostar 🙂

      Responder

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Ando há uns dias a tentar perceber como escrever Ando há uns dias a tentar perceber como escrever esta publicação. Não é nada de mal (antes pelo contrário) mas é difícil. É difícil porque despedi-me do sítio onde estava e abracei outro desafio profissional.

Podia fazer uma lista de tudo o que havia de mal no sítio onde estava e que me fez querer sair, mas sinto que não ia acrescentar nada. Toda a gente tem os seus motivos para se manter (ou sair) dos sítios e das situações e não é preciso meter mais o dedo na ferida. Os meus motivos são os meus motivos e, no fim do dia, apesar de ter sido uma decisão que me deixou o coração do tamanho de uma ervilha pelas pessoas que por lá deixo… foi a melhor coisa que consegui fazer por mim.

Saio dali só com as memórias boas (que foram tantas!) e esquecer aquilo que não me acrescenta. Saio mais crescida.

O serviço de obstetrícia de onde saio foi o primeiro serviço que me acolheu fresca e acabadinha de sair da faculdade. Ao longo destes três anos, trabalhei 5790h ao lado das minhas colegas. Passei mais tempo entre aquelas quatros paredes do que na minha própria casa. Elas foram a minha segunda família quando não tinha a minha perto de mim para me dar o colo que precisava.

Deixo aquele serviço sem certezas de nada. Não sei se vai ser melhor para onde vou, mas diferente vai ser de certeza. E às vezes é só isso que precisamos. Que se lembrem que as pessoas merecem ser felizes no local onde trabalham.

Vou ter saudades de muita coisa e deste sítio que me deu estofo como enfermeira, sobretudo das pessoas. Vou sentir falta das rotinas já conhecia, dos cantos à casa que já sabia de cor e dos nomes que não tinha de me concentrar para me lembrar. Mas não vou ter saudades dos abusos.

Obrigada, a todas, por me tirarem o medo, mas nunca me terem tirado a voz. Obrigada por gostarem muito de mim, por me deixarem crescer de forma graciosa e completa, por me verem como sou e por me deixarem ser. Por me terem limpo as lágrimas muitas vezes e ajudado nas minhas dores tantas outras.

Continuarei a ser a Ana do puerpério (mas agora noutro serviço) porque é mesmo aquilo que gosto de fazer. Vou é espalhar as minhas purpurinas para outro lado ✨

Da vossa sempre, e (agora) elfo livre,
Enfª Ana
A fotografia oficial das vinte e nove voltas ao so A fotografia oficial das vinte e nove voltas ao sol — com um bolo improvisado de panquecas, brunch, companhia de quem mais gosto e, no geral, um dia muito muito feliz.

Gosto muito de nascer em Junho — 10/10 recomendariam 😂

Que este último ano dos vintes sejam tudo aquilo que quero deles, até agora já tem sido — e só tenho 29 anos há 48h 😌
A dar o pontapé de saída no meu primeiro dia de A dar o pontapé de saída no meu primeiro dia de férias com uma fotografia — em analógico — da minha última viagem: Milão. Não resisto 😌
12 DE MAIO E O DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO Pa 12 DE MAIO E O DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO

Parece um bocadinho ridículo, mas se me perguntarem o que me via a fazer na vida sem ser enfermeira, a minha resposta provavelmente seria “nada”. É estranho porque tenho inúmeros interesses mas sempre que penso em estudar outra coisa que não isto, não consigo ver-me nesse papel. No de enfermeira sempre me vi.

Tenho uma série de defeitos, no entanto os que não me faltam são a boa disposição, o saber que dou o que tenho e não tenho para prestar os melhores cuidados possíveis e o saber que, no fim do dia, fiquei satisfeita com o que fiz.

Gostava de não trabalhar tanto. Que me respeitassem mais. Que me remunerassem melhor tendo em conta a responsabilidade que tenho em mãos. Gostava também de reclamar menos, mas vou continuar a reclamar sempre que encontrar alguma coisa com que não concordo. Porque acredito que esta enfermagem de nova geração vai trazer uma mudança bem precisa ao panorama. 

Vou aprendendo a ser um bocadinho melhor enfermeira todos os dias graças à equipa que tenho comigo, aos que já se foram do meu serviço, aos neonatologistas e também às obstetras. Estes dois últimos a prova que confiam nas nossas tomadas de decisão em equipa multidisciplinar para atingirmos os melhores resultados para aquela mãe e bebé. Tenho sorte, muita!

Não sei se vou ser enfermeira para o resto da vida, mas enquanto os pontos positivos ganharem sobre os pontos negativos vou continuar a batalhar por isto, porque acho que vale a pena. Tão certo como continuar a usar meias com padrão (e criar todo um movimento) e ter as canetas mais pirosas do meu serviço ao ponto de toda a gente saber que são minhas. 

Só precisamos que nos oiçam, que não queremos prejudicar ninguém — antes pelo contrário.

Aos colegas, aos aspirantes e aos simpatizantes — obrigada por tudo! Obrigada pelos ensinamentos que transmitimos uns aos outros. Peço desculpa pelas faltas nos eventos importantes, por passar mais tempo a dormir que acordada, por ter rotinas estranhas e comer a horas impróprias. Mas não me vejo mesmo a fazer outra coisa ❤️
Gosto de andar de comboio e sair no Estoril. Mais Gosto de andar de comboio e sair no Estoril. Mais não seja para ver isto muitas vezes 😌
Que nunca nos falte Abril 🌹 Que nunca nos falte Abril 🌹
Uma coisa que gostei de fazer com o @mario_monginh Uma coisa que gostei de fazer com o @mario_monginho quando fomos a Berlim foi desafiá-lo a andar com uma máquina fotográfica analógica e registar as coisas através dos olhos dele — da mesma forma que eu fiz com a minha. Comprámos um par de máquinas numa loja chamada DB e que custaram €5,99 cada uma e… não só adorei as cores como os resultados.
Este foi um dos registos que o Mário fez, à saída da casa do @iuriportalegre e da @_melinxiaoxue_ no último dia lá e que mais gostei. Não sei porquê mas há qualquer coisa nesta fotografia! E uma das coisas que gosto da fotografia analógica é não só os momentos cândidos que apanha, como também a nossa vontade de os registar de forma orgânica!

Em breve conto-vos mais sobre isto!

📷: @mario_monginho