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off topic, pessoal · 17/07/2019

Guia Prático do Recém-Licenciado em Enfermagem

E estamos aqui, no dia mais esperado das nossas vidas nos últimos quatro anos. Ou um dos mais esperados. A malta de enfermagem vai perceber aquilo que eu estou a dizer.

Estamos oficialmente licenciados. Estamos perdidos no Mundo, fomos lançados aos lobos e ninguém – ou quase ninguém – nos ensinou o que fazer a seguir. Não se preocupem, a tia Ana está aqui, já passou pelo processo todo e está pronta para vos ajudar.

Vão buscar o bloco de notas e prestem atenção, que eu não duro para sempre.

1. AS TÃO ESPERADAS NOTAS

Antes de passarem ao próximo seguinte – e àquele que realmente queremos – temos de esperar pela saída das últimas notas. Não sei quanto a vocês, mas na minha faculdade, a coisa até se deu relativamente rápido, muito por insistência nossa. Terminámos o semestre numa Sexta-feira e, na Segunda-feira à tarde já tínhamos as duas últimas notas que precisávamos para pedir o certificado de conclusão de curso.

2. PEDIR O CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO CURSO

Depois de saírem as notas finais já podem pedir o certificado que diz que concluíram a licenciatura. Um aviso: preparem a vossa carteira, que vai custar um bocadinho. Independentemente da pressa que vocês tenham podem pedir com ou sem taxa de urgência. No meu caso, foram €130 (cem pelo diploma de grau – o que diz que sou licenciada –, e trinta por uma taxa de urgência de seis dias). Contas feitas, na Universidade de Évora, numa fica a menos de €100. Informem-se na vossa Universidade/Faculdade e consultem a tabela de emolumentos, que vai ser a vossa melhor amiga.

3. ENQUANTO ESPERAM PELO DIPLOMA… TRATEM DO RESTO DOS PAPÉIS

Para não terem que se orientar no site muito confuso da Ordem dos Enfermeiros, eu digo-vos aquilo que precisam para a inscrição na Ordem: certificado de grau (que já pediram entretanto), registo criminal nos últimos três meses (custa €5 e podem tirar no Tribunal, no Registo Civil ou na Segurança Social no próprio dia – o meu demorou cinco minutos) e precisam de tirar uma fotografia tipo passe.

DICA: eu não fui a um estúdio tirar a minha, foi produção caseira. Parede branca, roupa sóbria e uma cara minimamente descansada. A parte boa é que podem tirar imensas e escolherem aquela que gostam mais. Eu tirei umas trinta, gostei de duas, editei-as e, no fim, escolhi a que gostei mais para a minha cédula e para o meu CV – uma vez que vai ser a fotografia que me vai acompanhar durante muitos e bons anos, tinha de ser uma coisa que gostasse 😂
Depois só precisam de ir a uma daquelas máquinas de impressão de fotografias que existem em todo o lado et voilà. Quatro fotografias tipo passe, mais uma um bocadinho maior ficou-me a €1,50 nas máquina de impressão de fotografia do JUMBO.

4. A INSCRIÇÃO NA ORDEM

O vosso diploma chegou – yay! –, e já têm os papéis todos tratados. Está na hora de fazer a inscrição na Ordem. Há duas maneiras que o fazerem: presencialmente ou online. Eu, pessoalmente, recomendo a online porque faz com que o processo seja mais rápido.
A inscrição é relativamente simples, só têm de ter cuidado com o preenchimento dos dados porque um erro pode ser uma dor de cabeça. Preencham e verifiquem as vezes que forem necessárias que está tudo certo, façam o upload dos documentos que vos pedem (os mencionados no ponto três) e paguem a taxa de emissão da cédula profissional (€90) e os custos administrativos do processo (€10).
Mal pagam, recebem um e-mail a dizer que o vosso processo está a ser analisado e, para o concluir, têm de se dirigir à delegação da Ordem dos Enfermeiros mais próxima de vocês para entregarem os papéis em mãos de forma a serem validados e autenticados. Para mim, a mais perto eram a Secção Sul, em Lisboa. Fui lá numa Sexta-feira, não precisei de marcar hora, entreguei os papéis, foram validados e dei seguimento ao processo.
DICA: Podem escolher o nome profissional que querem. Adivinhem qual é o meu 😂

5. AGUARDAR O NÚMERO DE CÉDULA PROFISSIONAL

Cerca de €230 depois (😬), agora só têm de aguardar que vos atribuam o número de cédula. Eu disse-vos que tinha ido à Ordem em Lisboa na Sexta-feira e, no Sábado, ao fim da tarde, já eu tinha o meu número de cédula e era oficialmente enfermeira! A partir daqui só têm que esperar que a vossa cédula chegue e, até lá, podem pedir uma declaração no Balcão Único do site da Ordem dos Enfermeiros que diz que vocês já estão inscritos, qual o vosso número e que são enfermeiros a sério. A partir de agora o futuro é vosso! Parabéns e boa sorte 🤟🏻

—-

Se tiverem dúvidas sobre este processo, façam-mas chegar através dos comentários ou do Instagram (@agarces) que eu terei todo o gosto em ajudar!

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Publicado em: off topic, pessoal

Comentários

  1. inês diz

    17/07/2019 em 21:56

    O número da ordem deve ser assustadoramente alto não? (na minha profissão é, área da saúde, mas não enfermagem)

    Responder
    • Ana Garcês diz

      18/07/2019 em 11:30

      O meu tem cinco dígitos, não é baixo, mas não é escandalosamente alto. Pensava que fosse mais

      Responder
  2. Patricia Lopes diz

    16/03/2022 em 20:59

    Tendo em conta os papéis que são necessários entregar na ordem para serem validados, esses papéis são nos devolvidos na hora ou eles( ordem) ficam com eles?

    Responder
    • Ana Garcês diz

      02/04/2022 em 14:52

      Eles ficam com alguns e devolvem outros (como o diploma).

      Responder

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ISBN: 9781474921329
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Ando há uns dias a tentar perceber como escrever Ando há uns dias a tentar perceber como escrever esta publicação. Não é nada de mal (antes pelo contrário) mas é difícil. É difícil porque despedi-me do sítio onde estava e abracei outro desafio profissional.

Podia fazer uma lista de tudo o que havia de mal no sítio onde estava e que me fez querer sair, mas sinto que não ia acrescentar nada. Toda a gente tem os seus motivos para se manter (ou sair) dos sítios e das situações e não é preciso meter mais o dedo na ferida. Os meus motivos são os meus motivos e, no fim do dia, apesar de ter sido uma decisão que me deixou o coração do tamanho de uma ervilha pelas pessoas que por lá deixo… foi a melhor coisa que consegui fazer por mim.

Saio dali só com as memórias boas (que foram tantas!) e esquecer aquilo que não me acrescenta. Saio mais crescida.

O serviço de obstetrícia de onde saio foi o primeiro serviço que me acolheu fresca e acabadinha de sair da faculdade. Ao longo destes três anos, trabalhei 5790h ao lado das minhas colegas. Passei mais tempo entre aquelas quatros paredes do que na minha própria casa. Elas foram a minha segunda família quando não tinha a minha perto de mim para me dar o colo que precisava.

Deixo aquele serviço sem certezas de nada. Não sei se vai ser melhor para onde vou, mas diferente vai ser de certeza. E às vezes é só isso que precisamos. Que se lembrem que as pessoas merecem ser felizes no local onde trabalham.

Vou ter saudades de muita coisa e deste sítio que me deu estofo como enfermeira, sobretudo das pessoas. Vou sentir falta das rotinas já conhecia, dos cantos à casa que já sabia de cor e dos nomes que não tinha de me concentrar para me lembrar. Mas não vou ter saudades dos abusos.

Obrigada, a todas, por me tirarem o medo, mas nunca me terem tirado a voz. Obrigada por gostarem muito de mim, por me deixarem crescer de forma graciosa e completa, por me verem como sou e por me deixarem ser. Por me terem limpo as lágrimas muitas vezes e ajudado nas minhas dores tantas outras.

Continuarei a ser a Ana do puerpério (mas agora noutro serviço) porque é mesmo aquilo que gosto de fazer. Vou é espalhar as minhas purpurinas para outro lado ✨

Da vossa sempre, e (agora) elfo livre,
Enfª Ana
A fotografia oficial das vinte e nove voltas ao so A fotografia oficial das vinte e nove voltas ao sol — com um bolo improvisado de panquecas, brunch, companhia de quem mais gosto e, no geral, um dia muito muito feliz.

Gosto muito de nascer em Junho — 10/10 recomendariam 😂

Que este último ano dos vintes sejam tudo aquilo que quero deles, até agora já tem sido — e só tenho 29 anos há 48h 😌
A dar o pontapé de saída no meu primeiro dia de A dar o pontapé de saída no meu primeiro dia de férias com uma fotografia — em analógico — da minha última viagem: Milão. Não resisto 😌
12 DE MAIO E O DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO Pa 12 DE MAIO E O DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO

Parece um bocadinho ridículo, mas se me perguntarem o que me via a fazer na vida sem ser enfermeira, a minha resposta provavelmente seria “nada”. É estranho porque tenho inúmeros interesses mas sempre que penso em estudar outra coisa que não isto, não consigo ver-me nesse papel. No de enfermeira sempre me vi.

Tenho uma série de defeitos, no entanto os que não me faltam são a boa disposição, o saber que dou o que tenho e não tenho para prestar os melhores cuidados possíveis e o saber que, no fim do dia, fiquei satisfeita com o que fiz.

Gostava de não trabalhar tanto. Que me respeitassem mais. Que me remunerassem melhor tendo em conta a responsabilidade que tenho em mãos. Gostava também de reclamar menos, mas vou continuar a reclamar sempre que encontrar alguma coisa com que não concordo. Porque acredito que esta enfermagem de nova geração vai trazer uma mudança bem precisa ao panorama. 

Vou aprendendo a ser um bocadinho melhor enfermeira todos os dias graças à equipa que tenho comigo, aos que já se foram do meu serviço, aos neonatologistas e também às obstetras. Estes dois últimos a prova que confiam nas nossas tomadas de decisão em equipa multidisciplinar para atingirmos os melhores resultados para aquela mãe e bebé. Tenho sorte, muita!

Não sei se vou ser enfermeira para o resto da vida, mas enquanto os pontos positivos ganharem sobre os pontos negativos vou continuar a batalhar por isto, porque acho que vale a pena. Tão certo como continuar a usar meias com padrão (e criar todo um movimento) e ter as canetas mais pirosas do meu serviço ao ponto de toda a gente saber que são minhas. 

Só precisamos que nos oiçam, que não queremos prejudicar ninguém — antes pelo contrário.

Aos colegas, aos aspirantes e aos simpatizantes — obrigada por tudo! Obrigada pelos ensinamentos que transmitimos uns aos outros. Peço desculpa pelas faltas nos eventos importantes, por passar mais tempo a dormir que acordada, por ter rotinas estranhas e comer a horas impróprias. Mas não me vejo mesmo a fazer outra coisa ❤️
Gosto de andar de comboio e sair no Estoril. Mais Gosto de andar de comboio e sair no Estoril. Mais não seja para ver isto muitas vezes 😌
Que nunca nos falte Abril 🌹 Que nunca nos falte Abril 🌹
Uma coisa que gostei de fazer com o @mario_monginh Uma coisa que gostei de fazer com o @mario_monginho quando fomos a Berlim foi desafiá-lo a andar com uma máquina fotográfica analógica e registar as coisas através dos olhos dele — da mesma forma que eu fiz com a minha. Comprámos um par de máquinas numa loja chamada DB e que custaram €5,99 cada uma e… não só adorei as cores como os resultados.
Este foi um dos registos que o Mário fez, à saída da casa do @iuriportalegre e da @_melinxiaoxue_ no último dia lá e que mais gostei. Não sei porquê mas há qualquer coisa nesta fotografia! E uma das coisas que gosto da fotografia analógica é não só os momentos cândidos que apanha, como também a nossa vontade de os registar de forma orgânica!

Em breve conto-vos mais sobre isto!

📷: @mario_monginho

 

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