Ando para ir ao MAAT desde que abriu. A verdade é que a coisa ainda não se tinha dado até que os astros se alinharam todos e após receber uma encomenda – muito querida e maravilhosa – da Fundação EDP/MAAT com um convite para visitar a nova exposição e a oferta de um cartão de membro até 2020 – 🤗 – decidi que estava na altura. E assim foi.
A semana passada, após um turno da noite, duas horas de sono e um almoço em Cacilhas, rumámos – eu, o Mário e o Rui (que é irmão do Mário, já agora) – até ao MAAT para ver esta exposição chamada de Hello, Robot.
Assim à primeira vista podem achar que não é uma exposição interessante porque se foca muito na robótica mas garanto-vos que vão ficar surpreendidos. Ao entrarem na Central Elétrica (que é onde está esta exposição) somos recebidos por esta exposição dividida em quatro grandes grupos: robots na cultura popular, evolução da robótica, robot amigo e ajudante no dia-a-dia e, por fim, as questões éticas entre a robótica e a humanidade.
Como éramos um grupo eclético, cada um de nós gostou de diferentes partes da exposição. Achei interessante ver que sempre fomos fascinados por isto dos robots, andróides e ciborgues, que sempre esteve presente na nossa cultura pop – na música, em filmes (hello, Star Wars!) e na literatura e achei que isso foi uma abertura incrível para esta exposição.
A minha parte favorita da exposição foi uma mistura entre a robótica como ajudante do dia-a-dia e a robótica utilizada para fins terapêuticos como próteses. Tem muito interesse não só devido à minha área de estudos mas também porque fiquei absolutamente fascinada com aquilo que já fizemos e com aquilo que está previsto fazermos muito em breve.
A Hello, Robot é uma exposição muito interativa, uma vez que temos secções em que podemos ser um com as máquinas e interagir. De destaque uma calculadora que fazia a pergunta de Will Robots Take My Job? As coisas estão boas para os enfermeiros (0,9%) e para os músicos (7%) mas o Rui, que faz coisas mais relacionadas com gestão de contas… a coisa está preta (94%).
Agora uma pequena pausa para descobrir se o primo do R2D2 vos vai roubar o emprego futuramente ou não. Entrem na calculadora, escolham a vossa profissão e… boa sorte!
Mais à frente tivemos o prazer de interagir com um pequeno robot que reagia ao nosso tom de voz. Um tom suave, dava-nos boas reações, um tom mais agressivo fazia com que ele tremesse e entrasse em posição de defesa. A tecnologia ainda não está perfeita – ou então foi mesmo devido aos diversos estímulos que havia à volta – porque às vezes falávamos de maneira suave e ele tremia. Mas foi divertido ver um robot com algo que se assemelharia a densidade emocional.
Para terminar as minhas partes preferidas, e aquela que mais me espantou, foi existir os planos para a criação de um pequeno ser humano (por assim dizer, pois seria o conjunto de todos os sistemas que temos dentro de nós), através da impressão em 3D através de células estaminais dos órgãos necessários. A parte mais impressionante foi o facto de terem conseguido fazer isso em pequena escala… e de ser um sistema pessoa totalmente funcionante. Arrepiante, mas magnífico.
É certo que tudo isto nesta exposição levanta todo um conjunto de questões éticas, legais e políticas e também acho que funciona lindamente para iniciar um debate relativamente a este tema. Porque, apesar de a robótica se ter tornado mais acessível, mais pessoal, mais essencial até, a pergunta mantém-se: será que contribui para melhorar o nosso mundo?
Podem ver esta exposição até dia 22 de Abril, das 11 às 19h.
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Qual é a probabilidade de um robot ficar com o vosso emprego? Digam-me tudo! 😯
Mário Monginho diz
É só 7% mesmo
! Uffa!
Zosia diz
4% eheh também estou safa!
Inês | Wit Konijn diz
obrigada por isto! sempre tive curiosidade sobre o interior do museu, só vejo fotografias de fora haha Está nos planos lá ir na próxima visita a Portugal.