infinito mais um

um blog leve, terra-a-terra e sem papas na língua

  • SOBRE
  • BIBLIOTECA DE RECURSOS
  • CATEGORIAS v
    • beleza
    • tech
    • filmes e séries
    • fotografia
    • livros
    • blog
    • lifestyle
    • pessoal
    • wishlist
    • off topic
    • nurse life
  • ROTEIRO
  • FOTOGRAFA COMIGO
  • CONTACTO

explore

  • SOBRE
  • CONTACTO
  • FOTOGRAFA COMIGO
  • BLOGROLL
  • DISCLAIMER
  • FAQ

pessoal · 31/12/2017

The Best of 2017

Sou sincera quando vos digo que não me lembro nem de metade do que aconteceu em dois mil e dezassete. Não sei se é da idade, se é do stress pós-traumático, se é porque aconteceu tanta coisa que algumas são inevitavelmente esquecidas… não sei. Mas não foi um ano mau. Foi um ano de crescimento e auto-conhecimento.

Em dois mil e dezassete vivi metade do meu ano em Lisboa, a estagiar todos os dias, a fazer todos os turnos da noite possíveis e imaginários (e consequentemente a dar um bocadinho em louca por causa disso) e em questionar-me se era isso mesmo que eu queria. Ponderei se a vida de enfermeira era para mim porque sentia que não encontrava o caminho certo a seguir quando alguns dos meus colegas já sabiam bem aquilo que queriam fazer. Ali estava eu, sempre indecisa e sempre questionadora a pôr em causa tudo aquilo que acreditava. Foram tempos complicados mas que também me mostram que eu não preciso de me limitar a uma coisa.

Este ano a terceira edição do Bloggers Camp foi tão boa! Cresceu ainda mais e deu-nos novas ideias para um conceito do encontro ainda mais inovador. Saímos na ACTIVA e na revista Calm. Foi o ano em que mais orçamentos fiz, em que os trabalhos nos quais me envolvi foram ainda maiores – e mais importantes – e que me mostrou que tenho um estilo muito próprio e um jeito especial (que ainda mais orgulho me dá porque aprendi tudo o que sei sozinha).

Este ano meti emblemas na minha capa universitária. Praxei como achei que devia fazer, sem humilhações e violência mas muita diversão à mistura. Percorri Évora durante duas semanas e meia com aqueles sapatos do demónio e fiquei com os pés em água nos dois meses seguintes. Senti-me ainda mais integrada na minha turma. Comi mais Big Macs na altura de estágio de Psiquiatria do que no resto dos doze meses e, graças a isso, fiz uma promessa a mim mesma para reduzir o seu consumo até dois mil e dezoito. Eu e o Mário voltámos ao Porto e fui a Coimbra pela primeira vez. Li mais que o ano passado, mas fotografei menos. Fui feliz e senti-me realizada.

Foi um ano com ainda mais amor, mais carinho, mais certezas e cada vez mais noção de companheirismo e amor incondicional.

Recebi postais e aumentei a minha lista de wanderlust à conta disso. Foi também o ano em que as pessoas das quais fiquei defraudada o ano passado regressarem – nem que temporariamente – para matar saudades. E soube bem, tão bem. Em que aproveitei bem o Verão. Em que sai da minha zona de conforto em algumas coisas – e que não detestei. Em que me puseram à prova.

No entanto dois mil e dezassete foi também um ano filho da puta às vezes. Com o cansaço acumulado, com as verdades que se descobrem e que nos magoam, com a vontade de desistir. Mas também foi o ano em que me afirmei. Em que cortei laços onde tinha de cortar, em que acolhi na minha vida pessoas que sempre estiveram lá para mim e eu nunca lhes tinha dado hipótese.

Dois mil e dezassete foi o ano em que melhorei a minha capacidade de contar piadas. Em que perdi um bocado do medo de falar em público e de apresentar trabalhos. Foi o ano em que fechei portas para sempre (sem possibilidade de janela aberta).

O ano termina com notícias incríveis e com uma viagem a dois planeada logo para o início de dois mil e dezoito. Não podia pedir mais nada.
Termino o ano novamente com o coração cheio de amor. Com o amor. Passou mais rápido que o ano anterior e soube-me cada vez mais a pouco.
O ano continuo a ser eu que o faço, não é ao contrário. E estou – sou – ridiculamente feliz. Foi uma viagem do caraças.


Até já, dois mil e dezoito. Obrigada, dois mil e dezassete.

ANOS ANTERIORES
The Best of 2016
The Best of 2015
The Best of 2014
The Best of 2013
The Best of 2012
The Best of 2011

SHARING IS CARING:

  • Click to share on Twitter (Opens in new window)
  • Click to share on Facebook (Opens in new window)
  • Click to share on Pinterest (Opens in new window)
  • Click to share on LinkedIn (Opens in new window)

Publicado em: pessoal

Comentários

  1. Marli Neves diz

    31/12/2017 em 17:34

    Que o ano de 2018 te traga muita coisa boa e muito pouco stress, Ana! Um feliz ano novo!

    My Own Anatomy ????

    Responder
  2. Ol??via Muniz diz

    31/12/2017 em 18:36

    Que 2018 seja ainda mais cheio de boas emo????es 🙂
    Um beijinho grande*
    Vinte e Muitos

    Responder
  3. Tim diz

    31/12/2017 em 18:55

    Bom ano Ana 😀

    Responder
  4. Joana Cardoso diz

    01/01/2018 em 13:36

    Um ano de coisas maravilhosas!
    Bom ano, boneca!

    The Paper and Ink

    Responder
  5. E. diz

    02/01/2018 em 10:05

    Que ano bom 🙂 espero que 2018 seja ainda melhor! x

    E. ??? Meet me for Breakfast

    Responder
  6. JU VIBES diz

    02/01/2018 em 12:27

    Gosto de ler a retrospectiva do ano! Acho que ?? um exerc??cio muito bom para nos compreendermos melhor, nesse processo de auto-conhecimento de que falas!
    Estarei c?? para ler outros tanto "the best of"! Confesso-te que me
    Biju da Ju,
    juvibes.blogspot.pt

    Responder
  7. Daniela diz

    03/01/2018 em 11:28

    Que o ano de 2018 venha cheio de momentos felizes e memor??veis.:D

    Another Lovely Blog!, http://letrad.blogspot.pt/

    Responder

Deixar um comentário Cancel reply

"O infinito é a tua casa, o sítio onde podes andar descalça e seres tu própria sem medos, até nos dias em que não usas batom. É um sítio onde podes escrever sobre o que te apaixona e o que te move, de A a infinito" - SCL

E-MAIL

infinitomaisum@hotmail.com

ARQUIVO

2022 Reading Challenge

2022 Reading Challenge
Ana has read 0 books toward her goal of 20 books.
hide
0 of 20 (0%)
view books

NOW READING

WOOK.pt
It Only Happens in the Movies
Autor: Holly Bourne
ISBN: 9781474921329
Editora: Usborne Publishing
Actualmente em: 28/100%
Ando há uns dias a tentar perceber como escrever Ando há uns dias a tentar perceber como escrever esta publicação. Não é nada de mal (antes pelo contrário) mas é difícil. É difícil porque despedi-me do sítio onde estava e abracei outro desafio profissional.

Podia fazer uma lista de tudo o que havia de mal no sítio onde estava e que me fez querer sair, mas sinto que não ia acrescentar nada. Toda a gente tem os seus motivos para se manter (ou sair) dos sítios e das situações e não é preciso meter mais o dedo na ferida. Os meus motivos são os meus motivos e, no fim do dia, apesar de ter sido uma decisão que me deixou o coração do tamanho de uma ervilha pelas pessoas que por lá deixo… foi a melhor coisa que consegui fazer por mim.

Saio dali só com as memórias boas (que foram tantas!) e esquecer aquilo que não me acrescenta. Saio mais crescida.

O serviço de obstetrícia de onde saio foi o primeiro serviço que me acolheu fresca e acabadinha de sair da faculdade. Ao longo destes três anos, trabalhei 5790h ao lado das minhas colegas. Passei mais tempo entre aquelas quatros paredes do que na minha própria casa. Elas foram a minha segunda família quando não tinha a minha perto de mim para me dar o colo que precisava.

Deixo aquele serviço sem certezas de nada. Não sei se vai ser melhor para onde vou, mas diferente vai ser de certeza. E às vezes é só isso que precisamos. Que se lembrem que as pessoas merecem ser felizes no local onde trabalham.

Vou ter saudades de muita coisa e deste sítio que me deu estofo como enfermeira, sobretudo das pessoas. Vou sentir falta das rotinas já conhecia, dos cantos à casa que já sabia de cor e dos nomes que não tinha de me concentrar para me lembrar. Mas não vou ter saudades dos abusos.

Obrigada, a todas, por me tirarem o medo, mas nunca me terem tirado a voz. Obrigada por gostarem muito de mim, por me deixarem crescer de forma graciosa e completa, por me verem como sou e por me deixarem ser. Por me terem limpo as lágrimas muitas vezes e ajudado nas minhas dores tantas outras.

Continuarei a ser a Ana do puerpério (mas agora noutro serviço) porque é mesmo aquilo que gosto de fazer. Vou é espalhar as minhas purpurinas para outro lado ✨

Da vossa sempre, e (agora) elfo livre,
Enfª Ana
A fotografia oficial das vinte e nove voltas ao so A fotografia oficial das vinte e nove voltas ao sol — com um bolo improvisado de panquecas, brunch, companhia de quem mais gosto e, no geral, um dia muito muito feliz.

Gosto muito de nascer em Junho — 10/10 recomendariam 😂

Que este último ano dos vintes sejam tudo aquilo que quero deles, até agora já tem sido — e só tenho 29 anos há 48h 😌
A dar o pontapé de saída no meu primeiro dia de A dar o pontapé de saída no meu primeiro dia de férias com uma fotografia — em analógico — da minha última viagem: Milão. Não resisto 😌
12 DE MAIO E O DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO Pa 12 DE MAIO E O DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO

Parece um bocadinho ridículo, mas se me perguntarem o que me via a fazer na vida sem ser enfermeira, a minha resposta provavelmente seria “nada”. É estranho porque tenho inúmeros interesses mas sempre que penso em estudar outra coisa que não isto, não consigo ver-me nesse papel. No de enfermeira sempre me vi.

Tenho uma série de defeitos, no entanto os que não me faltam são a boa disposição, o saber que dou o que tenho e não tenho para prestar os melhores cuidados possíveis e o saber que, no fim do dia, fiquei satisfeita com o que fiz.

Gostava de não trabalhar tanto. Que me respeitassem mais. Que me remunerassem melhor tendo em conta a responsabilidade que tenho em mãos. Gostava também de reclamar menos, mas vou continuar a reclamar sempre que encontrar alguma coisa com que não concordo. Porque acredito que esta enfermagem de nova geração vai trazer uma mudança bem precisa ao panorama. 

Vou aprendendo a ser um bocadinho melhor enfermeira todos os dias graças à equipa que tenho comigo, aos que já se foram do meu serviço, aos neonatologistas e também às obstetras. Estes dois últimos a prova que confiam nas nossas tomadas de decisão em equipa multidisciplinar para atingirmos os melhores resultados para aquela mãe e bebé. Tenho sorte, muita!

Não sei se vou ser enfermeira para o resto da vida, mas enquanto os pontos positivos ganharem sobre os pontos negativos vou continuar a batalhar por isto, porque acho que vale a pena. Tão certo como continuar a usar meias com padrão (e criar todo um movimento) e ter as canetas mais pirosas do meu serviço ao ponto de toda a gente saber que são minhas. 

Só precisamos que nos oiçam, que não queremos prejudicar ninguém — antes pelo contrário.

Aos colegas, aos aspirantes e aos simpatizantes — obrigada por tudo! Obrigada pelos ensinamentos que transmitimos uns aos outros. Peço desculpa pelas faltas nos eventos importantes, por passar mais tempo a dormir que acordada, por ter rotinas estranhas e comer a horas impróprias. Mas não me vejo mesmo a fazer outra coisa ❤️
Gosto de andar de comboio e sair no Estoril. Mais Gosto de andar de comboio e sair no Estoril. Mais não seja para ver isto muitas vezes 😌
Que nunca nos falte Abril 🌹 Que nunca nos falte Abril 🌹
Uma coisa que gostei de fazer com o @mario_monginh Uma coisa que gostei de fazer com o @mario_monginho quando fomos a Berlim foi desafiá-lo a andar com uma máquina fotográfica analógica e registar as coisas através dos olhos dele — da mesma forma que eu fiz com a minha. Comprámos um par de máquinas numa loja chamada DB e que custaram €5,99 cada uma e… não só adorei as cores como os resultados.
Este foi um dos registos que o Mário fez, à saída da casa do @iuriportalegre e da @_melinxiaoxue_ no último dia lá e que mais gostei. Não sei porquê mas há qualquer coisa nesta fotografia! E uma das coisas que gosto da fotografia analógica é não só os momentos cândidos que apanha, como também a nossa vontade de os registar de forma orgânica!

Em breve conto-vos mais sobre isto!

📷: @mario_monginho