Torre + Igreja dos Cl??rigos, Porto

J?? devem ter reparado que demoro muito tempo a escrever sobre as viagens que fa??o – seja em Portugal, seja no estrangeiro – mas o motivo ?? simples e, para mim, faz todo o sentido: gosto de prolong??-las para al??m do tempo em que as vivi.

D??-me gozo abrir a pasta onde est??o as fotografias dos s??tios onde fui – e onde acabei sempre por ser feliz – e lembrar-me de tudo outra vez, por isso n??o gosto de despachar tudo rapidamente. Gosto de o fazer em pequenas doses homeop??ticas.

Escrevi sobre o fim do primeiro de quatro dias no Porto em Mar??o. Acho que j?? estava mais do que na altura de vos mostrar o in??cio do segundo dia.

Eu sou daquelas que, quando viaja, gosta de se levantar cedo para come??ar logo a explorar. No Porto n??o foi excep????o. O segundo dia foi aquele em que mais dist??ncia percorremos a p?? e o dia come??ou na Torre (e posteriormente Igreja) dos Cl??rigos, mesmo ao lado do nosso hostel.

9h30. De pequeno-almo??o tomado e de bilhete na m??o (???3,00 para subirem ?? Torre e verem as exposi????es) est??vamos prontos para subir. Ou pens??vamos que est??vamos.
A Torre dos Cl??rigos tem seis andares e setenta e cinco metros de altura que s?? se sobrem por uma escada em espiral com duzentos e quarenta degraus (sim, eu contei-os). Foi constru??da entre 1754 e 1763 pelas m??os do arquitecto Nicolau Nasoni e tem, como estilo predominante, o barroco (que eu adoro, n??o ?? novidade).

O pequeno enquadramento hist??rico ?? parte…quando cheg??mos ao topo da Torre dos Cl??rigos todo o cansa??o que vim a sentir ao subir os degraus desapareceu ao ver a vista. De cima conseguimos ver uma panor??mica do Porto de cortar a respira????o e ainda Gaia. O dia estava maravilhoso e cheio de sol o que nos deixou ainda mais felizes. Fic??mos algum tempo, est??ticos a observar a vista. Gostaria de vos dizer exactamente o que senti, mas n??o consigo – foi indescrit??vel.

Entre a Torre e a Igreja existiam ainda pequenas salas onde estavam a acontecer exposi????es. N??o vos sei dizer se estas exposi????es s??o permanentes ou n??o, mas eu gostei bastante. Consegui aprender muito sobre os Cl??rigos, a cidade do Porto e gostei particularmente da colec????o de artefactos religiosos que pod??amos ver naquele lugar.

E depois fomos ?? Igreja dos Cl??rigos e o meu queixo bateu no ch??o. Eu j?? fui a muitas igrejas na minha vida (acreditem, ?? algo que gosto sempre de visitar) e nenhuma – at?? ?? data – se consegue sequer comparar ?? Igreja dos Cl??rigos.

N??o tenham pressas para apreciar a opul??ncia da talha de ouro, os pormenores talhados na pedra e a riqueza que encontram nesta Igreja.

Podem visitar a Igreja na sua totalidade e sem restri????es. Se n??o quiserem entrar na Torre dos Cl??rigos a entrada na mesma ?? gratuita. A Igreja tem tr??s andares e recomendo – vivamente – a subirem a todos porque s?? assim conseguem ter a no????o da beleza desta igreja e dos detalhes que ela esconde (sobretudo no observat??rio atr??s do altar)