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Uncategorized · 02/03/2016

PERSONAL | Quando ?? que deixamos de pertencer a um lugar para come??ar a pertencer a outro?

fotografia por MM

Quando ?? que deixamos de pertencer a um lugar para come??ar a pertencer a outro?

Desde que entrei para a Faculdade e me vi longe da realidade que tinha conhecido a minha vida toda comecei a pensar muito nisto.
Em vinte e dois anos sinto que pertenci (e ??s vezes ainda perten??o) a tr??s lugares, e cada vez mais tenho a sensa????o que, por onde quer que passe, deixo sempre um bocadinho de mim nesse s??tio mas tamb??m levo um bocadinho desse s??tio dentro de mim.

Come??ou na Madeira: aldeia pequena com a casa da minha av?? virada para o mar. N??o tenho grandes mem??rias desses tempos mas sinto uma saudade – aquele sentimento bem portugu??s – sempre que cheiro a maresia ou vejo as ondas a bater. N??o consigo evitar e parar de fazer compara????es entre o mar de c?? e o mar de l??. O que significa para mim. O que me faz pensar.
?? um sentimento estranho saber que quase tudo de n??s tem saudades de um s??tio que nunca realmente foi nosso e que, sempre que l?? regressa, encontra uma felicidade t??o f??cil e t??o genu??na como se de l?? nunca tiv??ssemos sa??do e pertenc??ssemos tanto como as ??rvores do Jardim Bot??nico. N??o ??, no entanto, um s??tio que me sirva por inteiro.

Depois veio o Algarve: numa cidade hist??rica com um castelo no topo com uma atmosfera um bocadinho buc??lica. Foi aqui que me tornei adolescente e depois jovem adulta e que me apercebo que foi aqui que fui completamente miser??vel e ridiculamente feliz (n??o ao mesmo tempo que isso era um bocadinho esquizofr??nico). Viver no Algarve endureceu-me, n??o muito (porque ainda sou basicamente um marshmallow) mas o suficiente. Foi aqui que aprendi a lidar com tudo aquilo que podia correr de mal na vida de uma pessoa, em que me apercebi que tenho mais estaleca do que parece e em que me tornei grande parte do que sou hoje.

??vora veio depois e foi o meu ponto de viragem. Foi aqui que me apercebi que a roupagem da minha cidade no Algarve j?? me ficava um bocadinho apertada demais como aquela camisola pirosa que s?? usamos no Natal – ?? sempre bom voltar a vesti-la mas passado algum tempo come??a a tornar-se desconfort??vel. Apercebi-me tamb??m que o s??tio onde vivia antes me estava a limitar e que eu j?? n??o iria conseguir crescer mais se por l?? continuasse. Que sempre que l?? regresso a minha luz se apaga um bocadinho e eu sou apenas uma concha daquilo que poderia ser se n??o me sentisse limitada pelo s??tio, pelas pessoas e pelas mem??rias (tanto boas como m??s). ?? do cara??as termos uma realiza????o destas quando menos esperamos.

Quando ?? que se deixa de pertencer a um lugar para pertence a outro? N??o se deixa. Somos sempre de todos os lugares. De uns mais que outros, mas sempre de todos – vamos pertencendo – mas aquela camisola nunca mais nos vai voltar a servir totalmente.

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Publicado em: Uncategorized

Comentários

  1. Joana Sousa diz

    02/03/2016 em 15:00

    Oh p??, que texto bom de ler <3 eu, que nunca sa?? da minha concha, invejo-te. Deixar um bocadinho de n??s em v??rios s??tios n??o nos divide – faz de n??s maiores. E tu ??s gigante, porque n??o deixas um bocadinho de ti s?? nos s??tios, tamb??m deixas nas pessoas! *

    Responder
  2. As Coisas Dela diz

    02/03/2016 em 15:09

    ?? medida que o tempo vai passando n??s vamos pertencendo a mais lugares e mais lugares pertencem a n??s!

    Responder
  3. Joana Clara diz

    02/03/2016 em 15:13

    Dos textos mais bonitos que li nos ??ltimos tempos! <3

    Responder
  4. Raspberry diz

    02/03/2016 em 15:35

    Concordo contigo quando dizes que somos de todos os lugares por onde passamos, mas mais de alguns do que de outros. Eu desde que me mudei para Inglaterra n??o sei a que local perten??o mais, mas sei que cresci mais aqui em dois anos do que em todos os outros em que vivi. No entanto, continuo a pertencer quer l?? quer aqui e a todos os locais por onde fui passando.

    Responder
  5. Juliana Oliveira diz

    02/03/2016 em 15:35

    Gostei muito do texto.
    Seja onde for, n??s pertencemos a lugares diferentes e esse lugares ficam sempre registados.
    http://diaryofalittlebee.blogspot.pt/

    Responder
  6. Style And Life by Marta diz

    02/03/2016 em 16:11

    Que post t??o bom! Eu sempre vivi em Alcoba??a mas para o ano vou para a faculdade e vai ser tamb??m um post de viragem na minha vida. Vou sair da minha zona de conforto e experi??ncia coisas novas, sabendo que vou deixando tamb??m um bocado de mim em cada s??tio que me fica no cora????o.
    Parab??ns por este post!
    Style and Life by Marta???

    Responder
  7. Nuno diz

    02/03/2016 em 16:36

    Um pensamento t??o belo como deprimente… Nunca deix??mos. Aprendemos a ser de v??rios s??tios e a n??o ser de nenhum. Assim n??o estamos totalmente em casa em lado nenhum, mas tamb??m nunca estamos completamente longe de casa.
    E o Algarve n??o ?? uma cidade:)

    Responder
  8. Teresa diz

    02/03/2016 em 17:52

    Adorei, o texto est?? muito bonito e original! Bjs

    Responder
  9. Daniela Pacheco diz

    02/03/2016 em 18:37

    T??o bonito!!!
    Esta vida levam-nos sempre a lugares novos, alguns deles ao qual sempre pertenceremos!

    Responder
  10. In??s Filipa diz

    02/03/2016 em 18:56

    Soube-me mesmo bem ler este texto. Muito bonito!

    Responder
  11. raquel diz

    02/03/2016 em 20:06

    Gostei muito desta publica????o. Tamb??m perten??o a tr??s s??tios, a ??vora onde nasci e onde me delicio sempre que l?? volto, a Tavira onde cresci e vivi toda a minha adolesc??ncia e onde volto frequentemente porque ?? onde os meus pais vivem, e a Lisboa, cidade na qual estudo e na qual pretendo continuar a viver.

    Responder
  12. Ela e Ele Ele e Ela diz

    02/03/2016 em 21:20

    Somos todos cidad??os do mundo! 😛

    Responder
  13. A Polegarzinha diz

    02/03/2016 em 21:57

    Sinto exactamente o mesmo.
    Facilmente me desapego a um lugar para me apegar a outro, mas l?? de vez em quando tenho uma saudade bem portuguesa.

    Responder
  14. andorinha diz

    03/03/2016 em 15:29

    Muito bonito este texto. Eu tamb??m me sinto assim. J?? fui da aldeia, agora sou da cidade. Mas em todos os s??tios por onde passamos, deixamos sempre um bocadinho de n??s e levamos sempre um bocadinho mais para n??s.

    Responder
  15. Ju. diz

    04/03/2016 em 13:51

    Esta reflex??o est?? para l?? de incr??vel! Confesso que j?? tinha saudades de textos teus desta ??ndole! (:
    Beijinho*

    Responder
  16. Margarida diz

    04/03/2016 em 21:38

    "Quando ?? que se deixa de pertencer a um lugar para pertencer a outro?" Adoro quando tens destes momentos e escreves estas coisas… Eu acho que deixamos um bocadinho de n??s em cada lugar por onde passamos, especialmente onde fomos felizes, mesmo que apenas um bocadinho. Espero um dia ter a tua coragem e sair da minha concha, e voltar tamb??m a alguns s??tios onde nunca tive oportunidade de realmente ser feliz e amar.

    http://blog-flor-mar.blogspot.pt/

    Responder
  17. Sofia Garrido diz

    05/03/2016 em 23:18

    Das coisas mais bonitas que li pela blogosfera ultimamente, isto que escreveste, Ana!
    Realmente nunca deixamos de pertencer a lugar nenhum porque as experi??ncias por que pass??mos moldam-nos, assim como as pessoas que v??o entrando e saindo da nossa vida.

    Beijinhos!

    Sofia |??Seventeen Seconds

    Responder
  18. An??nimo diz

    08/03/2016 em 02:00

    Nao e o stio que faz um lar sao as que pessoas com que vivemos no dia a dia que fazem o ser tal ;)live life ate the eage of the sit annie bannenie

    Responder
  19. Kelly Branco diz

    08/03/2016 em 18:21

    Acho que respondeste ?? tua pr??pria pergunta "por onde quer que passe, deixo sempre um bocadinho de mim nesse s??tio mas tamb??m levo um bocadinho desse s??tio dentro de mim". Mas ?? mesmo disso que a vida ?? feita!
    N??s somos um conjunto de todas as experi??ncias que vivemos, a nossa personalidade ?? composta por um pouquinho de todas as pessoas que conhecemos e tudo o que fazemos hoje contribuir?? para a pessoa que nos vamos tornar amanh??.
    Somos uma metamorfose constante e isso ?? simplesmente fant??stico! 😉

    Responder
  20. Diana Machado diz

    24/03/2016 em 19:39

    Passei a minha licenciatura em ??vora e a cidade ficou com um peda??o de mim, e eu trouxe tanto de l??. Queria l?? ter ficado, viveria l?? se pudesse mas tive de vir para Lisboa para Mestrado que j?? n??o havia em ??vora…um pedacinho de mim morreu pelo caminho, sou muito saudosista, ?? um defeito no meu caso.

    Responder
  21. Nancy Wilde diz

    24/03/2016 em 23:10

    Gostei de ler. Pergunto-me o mesmo quase diariamente. De uma cidade como Lagos, que ?? mais uma vila que outra coisa, para Dublin, uma capital de um pa??s completamente diferente… foi um grande passo. E dou por mim a sentir que aqui ?? a minha casa, e que n??o me imagino noutro lugar… mas quando volto a Lagos, ainda me sinto em casa, de uma maneira nost??lgica. Gostaria de ter sa??do de Lagos mais cedo mas mais vale tarde que nunca. Voltar ?? sempre bittersweet.

    Responder

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Na minha cabeça, ainda estou à beira desta pisci Na minha cabeça, ainda estou à beira desta piscina, a meter estas pernas pálidas ao sol (e a cegar toda a gente no processo) e a viver a minha melhor vida de herdeira na @casa_lata_agroturismo 😌
Dos stories para o feed só porque gosto muito da Dos stories para o feed só porque gosto muito da composição desta fotografia — e para mostrar um momento raro de um Ruby Woo acabadinho de tirar da caixa ✨
Só para dar um ✨ ar da minha graça ✨ e dizer Só para dar um ✨ ar da minha graça ✨ e dizer que tenho estado afogada em trabalho (e mesmo assim continuo a trabalhar menos do que trabalhava), estive doente uns dias e de molho e que estou a tentar acalmar esta inquietude profissional dentro de mim — que não é uma coisa má uma vez que me obriga a pensar nos próximos passos a seguir!
A parte boa de ter uma casa para mobilar é que po A parte boa de ter uma casa para mobilar é que pode-se fazer aquilo que sempre quisemos e mostrar a nossa personalidade nas peças que escolhemos para decorar. O problema é o preço! 
(Mais alguém indignado com o preço das coisas de decoração? Não tinha a mínima noção até ter começado a ver e a procurar 😬).

Comprei este vaso de maminhas porque não aguentei e porque achei que tinha tudo a ver comigo. Aproveitei o meti-o na cómoda que levámos 6h a montar (valeu a pena) e, este canto, já se parece mais comigo. E com o que eu gosto. E acho que se vai tornar um dos favoritos. 

Passo a passo vamos lá, mas esta casa já se está a parecer com algo nosso 😌

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