PERSONAL | O Primeiro Passo

Tenho passado os ??ltimos meses num estado de suspens??o consciente. Disse-me mil vezes que n??o valia a pena estar a entrar em stress – e a sofrer por antecipa????o – que tinha tempo para tudo: para alinhar as minhas decis??es, para tratar de tudo o que faltava e para relaxar.

Num primeiro momento celebrei de forma mais resguardada. Depois disso – e de todas as confirma????es necess??rias, de double e triple checks e de belisc??es s?? por via das d??vidas – celebrei com mais ??nimo, mas ainda assim n??o estou l??. Falta aquele ??ltimo degrau…sobre o qual n??o tenho nenhum tipo de controlo, e isso est??-me a p??r doida.

Em parte sinto que me enganei a mim mesma quando disse que dois meses era mais do que tempo suficiente para decidir onde me queria sentir em casa nos pr??ximos quatro anos. N??o chegam, n??o quando essa pessoa sou eu.

Sei o que quero fazer da vida desde que me lembro como gente e n??o houve nem um momento em que tivesse vacilado desse sonho de vida – tanto que andei aos murros com as paredes anos e anos a fio para fazer acontecer.

As d??vidas s??o algumas, e sinto-me um bocadinho sufocada quando, de todas as partes, as pessoas me bombardeiam com opini??es que ningu??m lhes pediu, dicas (que apesar de parecerem bem intencionadas) vieram no timing errado e que ridicularizem aquilo que sinto quando decido partilhar alguma coisa.
?? por isso que n??o costumo partilhar muitos dos meus sentimentos com quem me rodeia, mas ??s vezes ?? complicado guardar tudo c?? dentro sem dar em louca de vez.

?? um bocadinho estranho ver-me neste momento a bra??os com uma decis??o destas e sentir-me t??o perdida agora como quando tinha dezoito anos (apesar de na altura estar cheia de falsa confian??a em mim).

Sei o que quero fazer? Check.
Acho que depois disto o resto devia ser f??cil de delinear, mas n??o. Sei que h?? um s??tio para que quero muito (mas mesmo muito) ir e outro, em segundo lugar, para o qual n??o morria se fosse.
Uma das minhas d??vidas ?? se vou ?? valente e meto s?? um, se me precavenho e meto os dois ou se decido mais quatro – entre centenas – pelo sim, pelo n??o.
Esta ?? apenas umas das coisas em que penso dezenas de vezes ao dia.

Eu sei que estas s??o quest??es que s?? eu posso resolver e que, ao explic??-las, talvez n??o tenha sequer raz??o para estar a fazer o escabeche com isto, mas ando a perder sono ?? conta destas pequenas coisas.

Hoje foi o primeiro dia, estive duas horas a olhar para o ecr?? do port??til a contemplar as minhas op????es e acabei por seguir o meu instinto. Venho um bocadinho atrasada para a festa a que alguns j?? tiveram entrada ?? meia-noite (n??o, n??o tentei a entrada antes de hoje) e sei que at?? dia dezoito ainda posso mudar de ideias.
Nunca quis tanto na minha vida e por isso prevejo tamb??m que at?? dia vinte e quatro vou ter muito pouco descanso. E que vou sofrer por antecipa????o. E que vou ter palpita????es e essas coisas boas todas. Aguenta cora????o!

Vale-me que vou estudar para enfermeira.

(?? favor de fazerem macumbas, rezas, altares e tudo aquilo que acharem pertinente para ajudarem ?? causa, pode ser? A ger??ncia agradece).