A última vez que vos falei de um iPhone por aqui foi em dois mil e dezasseis, do meu velho e fiel iPhone 6 que, não tendo sido dado para abate (porque ficou como novo depois de lhe pôr uma bateria nova) está a ter uma nova vida (ainda que temporariamente) nas mãos de outra pessoa.
Foram muitos os motivos que me levaram a querer trocar de telemóvel. Na verdade foi sempre mais que querer, foi mesmo uma necessidade. Para além de ter problemas com a bateria (que ficara resolvidos quando coloquei uma nova por cerca de sessenta euros), o sistema iOS ia deixar de ser suportado para aquele telemóvel, já estava lento e porque já não estava a dar resposta às minhas necessidades.
No entanto, e porque há muito por onde falar sobre este telemóvel de um ponto de vista de utilizador – e não de um ponto de vista de lançamentos da Apple –, pedi para fazerem perguntas sobre ele no Instagram. E não desiludiram. E, por isso vamos por partes.
PREÇO, BATERIA E ESPECIFICAÇÕES
Uma das coisas que mais me perguntaram foi se “valia a pena o preço”. E, sinceramente, é relativo. Para mim vale, para o meu vizinho do lado pode não valer. O iPhone é um equipamento caro e, no fim do dia, têm de entender se o preço-benefício faz sentido para vocês.
Eu escolhi comprar o iPhone 11 porque estavam a vender o equipamento mais recente da Apple com preço do último que tinham no mercado. Antes disso ainda ponderei comprar o iPhone 8 ou o iPhone XR mas, após ponderação, cheguei à conclusão que ficava melhor servida – em todos os sentidos – se comprasse o iPhone 11 (cuja versão de 128GB acabou por ser mais barata que a versão de 64GB do iPhone XR).
Lembrem-se que este iPhone 11 (não o Pro) encontra-se à venda entre €829 (a versão de 64GB), €879 (a versão de 128GB) e €999 (a versão de 256GB).
Depois das perguntas do preço, as perguntas sobre a bateria foram as mais feitas. É normal. Ainda há muito aquele mito que as baterias do iPhone não duram nada. O meu iPhone 6 não me deu problemas de bateria até este Setembro do ano passado. Aguentava um dia inteiro sem dificuldades mas com algumas limitações, claro. O iPhone 11 veio dar uma chapada de luva branca nos outros todos. A bateria é de loucos! Consigo ficar dois dias a utilizar intensivamente (e sempre com o 4G ligado), sem ficar lento, a dar resposta no momento e a aguentar-se lindamente. Se o utilizar com menos intensidade (como quando estou de férias), aguenta ainda mais tempo. Neste momento estou com 66% de bateria… numa carga que fiz há dois dias.
Uma pergunta que me deixou muito curiosa foi “porque é que optei pela cor preta”. Eu gosto de telemóveis neutros, porque efectivamente passamos muito tempo a olhar para eles. E como eu uso capas sempre a cor acaba por ser um bocadinho secundária porque não se vai ver, basicamente. O meu outro iPhone era cinzento, por exemplo. De todas as cores que eles lançaram as únicas que me chamaram a atenção foram a preta e a vermelha. Como na altura ainda não havia a vermelha e a preta era a minha primeira opção, a escolha foi super simples 😊
FOTOGRAFIA E CÂMARAS
Uma das coisas que mais me deixou com as antenas ao alto neste iPhone foram as promessas que eles fizeram relativamente à fotografia. Foram todas cumpridas, posso garantir. As perguntas relacionadas com este tópico prendem-se muito sobre as lentes que existem no iPhone 11 e no iPhone 11 Pro, nomeadamente se “preferes a telephoto ou a ultra wide”.
Fácil. Ultra wide, sempre. Para o tipo de fotografia que gosto de tirar – e para o meu estilo em específico – a lente de telephoto não me acrescentava nada e, para a ter, tinha de perder amor a mais €300 porque a lente de telephoto só vem com o iPhone 11 Pro.
O que leva a outra pergunta sobre as lentes que dizia “se a lente ultra wide dá jeito para alguma coisa comparada com a telephoto”. E lá está, é relativo. Tem muito a ver com o tipo de fotografia que querem fazer. E mesmo sem a telephoto no iPhone 11, podem sempre fazer o zoom 2x standard que ela oferece no iPhone 11 Pro.
Uma das perguntas mais pertinentes que fizeram – também relacionada com fotografia – diz “se apenas compensa o iPhone 11 Pro”. A resposta é não. A fotografia no iPhone 11 é fortíssima. A fotografia nocturna é escandalosa. A qualidade de imagem quer de dia, quer de noite é qualquer coisa de muito bom. O iPhone 11 compensa se corresponder às vossas necessidades, assim como o iPhone 11 Pro compensa se for aquilo que precisarem e se acharem que não conseguem viver sem uma terceira lente, por exemplo.
EXEMPLOS FOTOGRAFIA NOCTURNA (SEM EDIÇÃO) 📸
EXEMPLOS FOTOGRAFIA COM ULTRA WIDE (SEM EDIÇÃO) 📸
Para mim, que trabalho muito com fotografia, o iPhone 11 Pro não me ia compensar. Fiquei mesmo muito satisfeita com o iPhone 11 porque dá resposta a tudo aquilo que queria e que não abdico: boa câmara, processador rápido, mais espaço de memória, mais RAM e um preço dentro o intervalo que estava disposta a pagar.
FAZER O UPGRADE?
Se forem como eu e vierem de um modelo mais antigo de iPhone (no meu caso o iPhone 6), então vale a pena fazer o upgrade. Eu diria até que vale a pena fazê-lo até ao iPhone 8. A partir dai, as diferenças não são abismais ao ponto de valer a pena dar este salto de oitocentos euros. Quando fui comprar o meu iPhone 11, em Outubro, basicamente quando tinha saído, ainda estavam à venda o iPhone X e o iPhone XR mais caros do que este modelo novo. Esse foi outro dos motivos pelos quais comprei o mais recente e não um modelo mais antigo, como referi mais acima.
Se vierem de outro sistema operativo móvel e quiserem mergulhar no iOS este também é o modelo que vos oferece maior benefício de preço-qualidade.
OUTRA DICA
O iPhone tem um sistema de nuvem incorporado – o iCloud – que oferece, de forma gratuita, 5GB. No meu iPhone anterior isto foi uma luta porque ao fim de pouco tempo estava a receber sempre uma mensagem de aviso a dizer que o armazenamento do iCloud estava cheio. Isto é chato por alguns motivos mas, o principal é mesmo o facto de não conseguir fazer backup do telemóvel. A Apple oferece planos pagos de armazenamento na nuvem a partir de €0,99 por 50GB e €2,99 por 200GB. Eu deixei de ser forreta e decidi começar a pagar mensalmente os €2,99 pelo plano com mais espaço porque assim não só tenho mais espaço do que tenho no telemóvel como também não tenho mais com que me preocupar.
Carolina Pimentel diz
Ainda tenho o meu iphone 6s plus a funcionar bem. Tenho-o há 4 anos e foram poucas coisas que me tiraram do sério. Ando a pensar seriamente se devo ou não manter-me nos iphones ou se transito para android (que já tive no passado). Atualmente, tenho recebido a mesma mensagem da icloud, dizendo que tenho pouco espaço e etc – o que é seriamente uma chatice. Talvez pense em adquirir mais espaço. E se fizer upgrade irei ser mais inteligente desta vez e comprar o que tem mais espaço, pois o meu tem apenas 16gb e não dá rigorosamente para nada.
Ana Garcês diz
O meu iPhone já tinha 5 anos quando ponderei reformá-lo!
O alojamento de iCloud básico que a Apple nos oferece são de 5GB que, com as cópias de segurança e isso tudo… se vão num instante. Dai ter decidido fazer o upgrade, assim não me chateio tão rapidamente AHAH
O meu iPhone 6 também só tinha 16GB, agora ando louca com os 128GB que tenho.