7 anos de infinito mais um

Não gosto de números impares sem contar com o cinco e com o sete. Irrita-me a possibilidade da divisão deles não dar um número redondo e, sinceramente, não os acho tão bonitos. Manias. Mas o meu número favorito é o sete. Nasci a dia sete e quando nas aulas de Português do Secundário estivemos a falar sobre A Mensagem do Fernando Pessoa e o professor nos explicou o significado do número sete — na obra e no resto — a lâmpada da minha cabeça acendeu e tudo fez todo o sentido.

O sete representa a totalidade, bem como a ansiedade pelo desconhecido. Isso porque, sinaliza o fim de um ciclo e início de outro, do qual, não se sabe o que esperar. É o número da perfeição dinâmica. É o número de um ciclo completo, o número da busca da aprendizagem e da perfeição.

O infinito faz sete anos hoje.

Ao longo destes anos todos já vi bloggers a irem e a virem e isso é verdadeiramente o mais difícil desta jornada: aguentar. Não é fácil e já tive momentos em que pensei em desistir também. Mas, no fim do dia o que me fez ficar? Sempre que tinha estes pensamentos cheguei à conclusão que era porque não estava a gostar do rumo que o meu blog estava a ir e… mudei. Mudei imensas vezes de layout, de assuntos que abordava por aqui, reinventei-me vez atrás de vez até que percebi que a Ana que mais gosto é aquela que sou no dia-a-dia: a louca dos livros, nerd do Harry Potter, que gosta de música, de usar batom, que está perpetuamente cansada e que, no fim de contas, é um ser humano como os outros com os seus defeitos e qualidades. Foi na altura em que aceitei isso que o infinito se tornou aquilo que queria que ele fosse: o meu espaço. Meu. Com todas as minhas valências. E foi ai também que me deixei dessas parvoíces de abandonar o barco.

Com o passar dos anos muitas vezes me perguntei como seria a minha vida se nunca tivesse começado um blog. É engraçado como uma decisão aparentemente tão pequena pode ser a razão de tantas mudanças na nossa vida. Lembro-me de no primeiro ano pensar que estava a falar para o boneco e querer desistir. No entanto uma voz interior disse-me que isto não ia ser só um hobby. Havia algo muito mais especial por detrás disto mas ia demorar algum tempo até ser descoberto. Estou muito feliz por continuar cá sete anos depois. O que começou como uma coisa que muita gente chamou parva e oca, resultou em tantas coisas pelas quais estou grata: a formação de amizades verdadeiras com malta dos blogs, a criação de um projecto (o Bloggers Camp) do qual tenho tanto orgulho, migração para outra plataforma, colaborar com algumas marcas e criar conteúdo do qual me orgulho, viajar e explorar o Mundo, sair da minha zona de conforto, criar o meu primeiro post viral sobre enfermagem (e que acho que impactou as pessoas de forma positiva). Tenho tanto a agradecer que seria dantesco da minha parte tentar fazê-lo em poucas linhas.

No fundo, aquilo que quero dizer é obrigada. Por tudo. Espero que continuemos por aqui, que aos dez anos fazemos uma festa de arromba!

Sete. O meu número favorito. Tem tudo para correr bem ❤